O grande número de exigências do Ministério da Educação (MEC) para que universidades ofereçam cursos a distância inviabilizam a oferta nos municípios pequenos e isolados. A avaliação foi feita na 3ª Conferência sobre Educação a Distância — realizada entre 23 e 24 de junho, em São Paulo (SP) — pelo professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) José Manuel Moran, que coordena os polos de apoio presencial da Universidade Anhanguera.
“Com as exigências do MEC torna-se inviável oferecer educação a distância para aluno pobre em área isolada. É um problema para o atendimento dos menos favorecidos”, disse. Entre as exigências, as universidades devem construir polos de apoio presencial com um número
mínimo de alunos, livros e laboratórios, que, segundo Moran, exigem investimento elevado e sem retorno.
“Se mantivermos esse modelo por mais dois ou três anos as instituições médias não conseguirão manter educação a distância”, comentou Moran. O MEC exige, por exemplo, biblioteca com um total mínimo de exemplares por alunos, laboratórios e um número base de professores e coordenadores. “Os cursos de saúde, por exemplo, são muito caros e não vão se sustentar sem um mix entre presencial e semipresencial. Ao contrário serão somente para a elite”.
Para o MEC, as exigências visam garantir que os alunos matriculados não sejam prejudicados. “Está mais do que provado que a educação a distância pode ser oferecida com excelência. Por isso, não podemos correr o risco de instituições ainda mal estruturadas ampliarem a oferta
de vagas sem garantir os direitos dos estudantes”, disse o ministro Fernando Haddad, em entrevista ao Portal MEC.
O MEC exige que as avaliações sejam realizadas presencialmente na sede da universidade e não nos polos. Para Moran, a medida prejudica os alunos de áreas isoladas, localizados distantes dos centros. “Além disso, o peso mínimo da avaliação presencial é 80% e o resto das atividades só vale 20%. Não é pedagógico porque o aluno vai construindo o aprendizado, mas
tudo será avaliado em uma prova”.
“Existe preconceito com educação a distância e todo preconceito é baseado em algo real. Há um receio de banalização do ensino e um pensamento que esses cursos são só para conseguir diploma”, comentou Moran. “Essa, porém, é uma visão elitista da educação. Cursos a distância permitem que aqueles que estão em áreas isoladas do Brasil também façam o ensino superior”.
Dados do MEC mostram que um em cada cinco novos alunos de graduação no país ingressa em um curso a distância. O modelo tem mantido taxas altas de crescimento (50% ao ano, em média), enquanto o avanço da graduaçãopresencial tende a se estabilizar (3,5% em 2008).
O Brasil tem 109 instituições que oferecem cursos de graduação a distância, das quais oito atendem a 416.320 alunos, o que representa 54,7%do total.
“Com as exigências do MEC torna-se inviável oferecer educação a distância para aluno pobre em área isolada. É um problema para o atendimento dos menos favorecidos”, disse. Entre as exigências, as universidades devem construir polos de apoio presencial com um número
mínimo de alunos, livros e laboratórios, que, segundo Moran, exigem investimento elevado e sem retorno.
“Se mantivermos esse modelo por mais dois ou três anos as instituições médias não conseguirão manter educação a distância”, comentou Moran. O MEC exige, por exemplo, biblioteca com um total mínimo de exemplares por alunos, laboratórios e um número base de professores e coordenadores. “Os cursos de saúde, por exemplo, são muito caros e não vão se sustentar sem um mix entre presencial e semipresencial. Ao contrário serão somente para a elite”.
Para o MEC, as exigências visam garantir que os alunos matriculados não sejam prejudicados. “Está mais do que provado que a educação a distância pode ser oferecida com excelência. Por isso, não podemos correr o risco de instituições ainda mal estruturadas ampliarem a oferta
de vagas sem garantir os direitos dos estudantes”, disse o ministro Fernando Haddad, em entrevista ao Portal MEC.
O MEC exige que as avaliações sejam realizadas presencialmente na sede da universidade e não nos polos. Para Moran, a medida prejudica os alunos de áreas isoladas, localizados distantes dos centros. “Além disso, o peso mínimo da avaliação presencial é 80% e o resto das atividades só vale 20%. Não é pedagógico porque o aluno vai construindo o aprendizado, mas
tudo será avaliado em uma prova”.
“Existe preconceito com educação a distância e todo preconceito é baseado em algo real. Há um receio de banalização do ensino e um pensamento que esses cursos são só para conseguir diploma”, comentou Moran. “Essa, porém, é uma visão elitista da educação. Cursos a distância permitem que aqueles que estão em áreas isoladas do Brasil também façam o ensino superior”.
Dados do MEC mostram que um em cada cinco novos alunos de graduação no país ingressa em um curso a distância. O modelo tem mantido taxas altas de crescimento (50% ao ano, em média), enquanto o avanço da graduaçãopresencial tende a se estabilizar (3,5% em 2008).
O Brasil tem 109 instituições que oferecem cursos de graduação a distância, das quais oito atendem a 416.320 alunos, o que representa 54,7%do total.
Essa matéria, de Sarah Fernandes, foi originalmente publicada no Portal Aprendiz. Para ler a notícia na íntegra, clique aqui.
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